Obaaaaaaa mais um post quentinho. Eita pessoal que gosta de discutir sobre RH! E não precisa agradecer pelo espaço não Lucas, manda ver!
A ética empresarial é de fato um interessante assunto a ser discutido, sendo de extrema necessidade a busca por uma maior conscientização de gestores sobre o papel que irão desempenhar frente às empresas de qualquer setor. Afinal, não se trata apenas de um jogo onde quem atinge maior eficiência, eficácia ou economicidade vence, não importando o preço a ser pago por essa vantagem.
Uma atitude anti-ética pode na verdade afetar a vida de uma extensa quantidade de stakeholders que confiam na organização em questão, ou ainda, a vida de muitos cidadãos que estejam a mercê de um governo carente de governança (e de ética). Competitividade, busca por vantagens competitivas, menor custo, resultados financeiros cada vez maiores, tudo isso é buscado pelas empresas para que possam sobreviver ou até se destacar nos mercados que atuam. O problema é, até onde vai a busca para atingir resultados esperados?
Sabemos que muitas vezes, as organizações não demonstram que o respeito ao ser humano e ao ambiente está de fato entre suas prioridades, e sem pestanejar lançam mão de ações que a condenam nesse sentido, e é claro, na doce ilusão de que ninguém desconfie, e que felizmente não é o que sempre acontece.
No setor público, temos vários exemplos de escândalos de corrupção, haja vista o caso do mensalão, que se trata de formação de quadrilha envolvendo servidores políticos em esfera federal, estadual e municipal. Já um exemplo no setor privado é o da construtora Encol, uma das maiores do ramo no Brasil na década de 80, que foi à falência no ano de 1999. Inicialmente, a empresa foi investigada pelo governo por sonegação de impostos e emissão de notas fiscais falsas. Posteriormente, mais podres como formação de caixa 2, lavagem de dinheiro e estelionato vieram à tona. Em 1999, ao pedir concordata, deixou a própria sorte milhares de clientes que estavam pagando pelo sonho da casa própria.
Outros milhares de funcionários tiveram que correr atrás de seus direitos, sendo muitos deles indenizados por muito menos que teriam por direito. Para finalizar, um caso mais recente, o escândalo na Europa de carne de cavalo encontrada em produtos que se diziam ‘’100% carne bovina’’, resultando em um ‘’empurra-empurra’’ da responsabilidade pelo ato. A Nestlé descobrindo a fraude em seus produtos culpou o grupo brasileiro JBS (um dos maiores produtores de carne do mundo e dono da famosa marca ‘’Friboi’’), seu fornecedor de carne bovina. Esse, por sua vez, alegou ter comprado a carne na Alemanha. Bem, não precisamos pensar muito para saber que quem pagou o pato foi o mais fraco, o pequeno fornecedor alemão. Fica a questão: se na Europa está assim, estaríamos imunes aqui no Brasil?
E fica ainda a reflexão para o leitor: Nos casos acima, temos a ilustração de como decisões de executivos que, em tais cenários se abdicaram de valores morais e éticos, podem afetar de maneira negativa a vida de muitas pessoas, tudo em busca de dinheiro e poder. Você acredita que aqui no Brasil, nossa geração ou as próximas podem reverter esse quadro de ‘’crise ética’’, se apegando mais ao que é certo, e deixando de lado as práticas anti-éticas?
Texto: Lucas CoutinhoEditor Chefe: Rafael FigueiraRevisador: Caio César GuimarãesDiagramador: Gustavo Nogueira
Fonte:
Texto: BORGES, Jacquelaine Florindo; MEDEIROS, Cintia Rodrigues de Oliveira; CASADO, Tania. Práticas de gestão e representações sociais do administrador: algum problema? Cadernos Ebape.br. Rio de Janeiro, 01 jul. 2011. p. 530-568.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9GeZ1OYm6RA
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ResponderExcluirA ética empresarial é essencial no mundo das organizações , pois a prática da ética evidencia o quanto a empresa possui respeito pelos profissionais que estão inseridos nela e também para com o ambiente externo .
ResponderExcluirO Setor Público que realmente é noticiários de todos os dias nos jornais e em geral na mídia , revelam as condutas desonestas dos nossos políticos, porém o que mais envergonha é quando temos empresários envolvidos nos escândalos.
Os empresários deveriam ser canal de exemplos, devido que sempre estão à frente de projetos e de grandes equipes.
A crise de valores que se abate na sociedade contemporânea se reflete no Judiciário e nas outras esferas do Estado e como o próprio artigo cita nas práticas diárias de muitas empresas. Acredito que a formação dos jovens é o ponto de partida para compreensão e absorção em relação aos valores éticos. A participação da escola é fundamental não só para o desenvolvimento de habilidades e competências, mas para sugerir caminhos através da educação para que o jovem construa sua identidade pessoal e cidadã.
ResponderExcluirRenato Siquieroli Alves - O consumidor tem responsabilidade enorme nas suas escolhas em relação aos produtos e serviços prestados pelas organizações. O grande problema é o egoísmo e a busca por liderança num ambiente competitivo de ambos os lados tornam a sociedade um ambiente de constante conflito e busca apenas por interesses próprios não buscando responsabilizar por nada.
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